sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Das reuniões, teatros, etc.

Das reuniões, teatros, etc.

Dom Bosco, o grande apóstolo da juventude, dizia que o teatro deve ser destinado a cultivar o coração, e que, portanto, jamais deverá ser causa da mínima ofensa a Deus. Foge, pois, daqueles espetáculos públicos, e procura tirar vantagens das diversões inocentes, que se costumam dar nos institutos de educação. Para tais diversões, observa-se as seguintes regras:

Quando tiveres ocasião de assistir a algum espetáculo, seção acadêmica, concerto ou festa escolar, deves ser grato aos teus superiores, que, com sacrifício, promovem essas diversões. Nunca dês sinais de impaciência ou desagrado, mesmo quando houver longos intervalos, e quando a representação não for de teu gosto.

Não te precipites, não passes na frente dos outros, não tomes o melhor lugar; conserva-te de cabeça descoberta, quieto no seu lugar. Não fiques de pé, pois isto incomoda os outros.

Não grites, não assobies, não faças sinais imoderados de alegria, e evita tudo quanto deve evitar um menino bem educado.

Apenas começado o entretenimento, levantado o pano, se for teatro, ou apagadas as luzes, se for cinema, deves logo ficar em silêncio. Se houver na tua frente alguém que te tire a vista, avisa-o com bons modos e não com maneiras bruscas. Se não te atende, paciência.

Nunca desprezes e ridicularizes os companheiros, que não representam bem, nem sequer dês sinal de desaprovação. Ao cair o pano, ou ao terminar o canto ou declamação, aplaudirás sempre, embora não tivesse saído do teu gosto.

Evita, a todo custo, o mau costume que têm alguns de cochichar, tossir e assoar-se a cada instante, ou perturbar como quer que seja a declamação, e pior ainda, criticar os gestos ou a voz de quem recita. Não é, sem dúvida, este o modo de recompensar a quem faz todo o possível para te recrear, à custa talvez de grande sacrifício.

Os que se devem apresentar em público, estejam bem preparados, para não fazerem triste figura e aborrecerem os presentes que, se têm deveres, têm outrossim direitos. Quisera que me entendessem bem aqueles que, ou por deficiência de preparação, ou por fraqueza de voz, ou por mesquinhez de matéria, ou por falta de habilidade, ou ainda por qualquer outro motivo, tornam-se importunos, ou antes, insuportáveis ao auditório. Ótima coisa seria se esses oradores, apenas percebessem o descontentamento geral (e não é difícil perceber o sussurro e o bulício dos ouvintes, os seus freqüentes e prolongados aplausos, na realidade pouco merecidos), pusessem termos aos seus arrazoados. Isto seria coisa muito louvável, ao passo que a obstinação seria sinal de orgulho e má educação.

São insuportáveis os que, durante uma execução musical, vão cantarolando a melodia aos ouvidos dos outros, para mostrar que conhecem o trecho que se executa. Igualmente impertinentes são os que, durante o cinema, vão explicando previamente aos vizinhos as cenas que vão aparecer na tela.

Saindo do teatro, guarda a devida ordem e não andes aos empurrões. Como em geral a temperatura de fora é mais fria, procura agasalhar-te bem ao sair, para não apanhares resfriados.

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