Na Mitologia Grega a deusa que personificava a Memória era “Mnemosine”. Diodoro Sículo que nasceu na Sicília (daí o apelido Sículo) e viveu por volta do ano 49 a.C., é autor do mais extenso relato sobre a história da Grécia e de Roma que chegou até nós, desde as origens míticas até as últimas décadas da República Romana. Segundo ele, foi “Mnemosine” quem descobriu o poder da memória e deu nome a muitos dos objetos e conceitos, nomes esses usados para fazer os mortais se entenderem enquanto conversavam. Além disso, fez com que os mortais tivessem a capacidade de reter na memória os fatos ocorridos e pudessem recordá-los. O vocábulo “recordar” deriva do latim: é a junção do prefixo “re”, que significa “repetir” e “cordis”, que significa “coração”. Assim, “recordar” (“re-cordis”), tem o sentido de fazer passar novamente pelo coração. Para os romanos o coração era a sede da memória. Isso tem muito significado, já que o coração sempre foi tido como o órgão das emoções, de acordo com a tradição literária e poética, em contraste com o cérebro, órgão do pensamento e da racionalidade.