sábado, 27 de fevereiro de 2021

Prefácio do livro "Pró-Memória Gammonense"

 


Na Mitologia Grega a deusa que personificava a Memória era “Mnemosine”. Diodoro Sículo que nasceu na Sicília (daí o apelido Sículo) e viveu por volta do ano 49 a.C., é autor do mais extenso relato sobre a história da Grécia e de Roma que chegou até nós, desde as origens míticas até as últimas décadas da República Romana. Segundo ele, foi “Mnemosine” quem descobriu o poder da memória e deu nome a muitos dos objetos e conceitos, nomes esses usados para fazer os mortais se entenderem enquanto conversavam. Além disso, fez com que os mortais tivessem a capacidade de reter na memória os fatos ocorridos e pudessem recordá-los. O vocábulo “recordar” deriva do latim: é a junção do prefixo “re”, que significa “repetir” e “cordis”, que significa “coração”. Assim, “recordar” (“re-cordis”), tem o sentido de fazer passar novamente pelo coração. Para os romanos o coração era a sede da memória. Isso tem muito significado, já que o coração sempre foi tido como o órgão das emoções, de acordo com a tradição literária e poética, em contraste com o cérebro, órgão do pensamento e da racionalidade. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Homenagem ao prof. Renato Torres Libeck

Fui colega de trabalho do Renato na Casa da Cultura nos últimos quatro anos. Nutrimos o mesmo amor por nossa cidade, tendo ele a vantagem de ter vivenciado muito mais que eu. Era um grande memorialista, um lavrense de coração. Entre seus ancestrais, estavam pessoas muito famosas de Lavras, tanto pelo lado paterno quanto materno. Em 2019, quando foi comemorado o sesquicentenário do nascimento de seu tio avô, o prof. Firmino Costa, Renato restaurou, com dinheiro próprio, a placa da herma do educador, existente à Praça Leonardo Venerando. Era uma memória viva, muito requisitado pelos pesquisadores das histórias de Lavras. Renato era um grande amigo e confidente. Era um sujeito muito alegre e divertido, todos gostavam dele!