Todo lavrense sabe que o lema de nossa cidade é "Lavras, terra dos ipês e das escolas". Qual é a história por trás deste lema? De fato, há exatos sessenta anos era publicado no jornal A Gazeta a poesia de Jorge Duarte que cunhou a expressão, a qual foi transcrita por Bi Moreira nas páginas do Acrópole (n. 22, ago. 1979) e que segue abaixo.
"Lavras, cidade dos ipês e das escolas...
Há uma grande semelhança entre os ipês e as escolas, na minha terra natal. Ninguém dá importância aos ipês, durante o ano inteiro, viúvos de folhas, órfãos de flores, parecendo esqueletos vegetais. As raízes vão realizando o seu trabalho anônimo de armazenar energias, para a grande surpresa de agosto. É então a festa dos ipês, em uma orgia de cores deslumbrantes.
Assim também as escolas. Durante o ano inteiro os nossos mestres preparam silenciosamente, anonimamente, os seus alunos, sem despertar a atenção para a sua obra. Em novembro, quando as festas finais se realizam, é que aparecem as flores da inteligência – resultado de um labor fecundo.
Os ipês florescem em agosto. As escolas florescem em novembro."
JORGE DUARTE, A Gazeta, 24 ago. 1941.
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(Fotos do professor Renato Libeck).
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