Em 9 de setembro de 1917 foi inaugurada a nova igreja matriz de Sant'Ana, cuja épica edificação foi narrada em meu livro, "Os 250 anos da Paróquia de Sant’Ana" (2010).
Registramos aqui a narrativa da inauguração, conforme registrada nas fontes da época [pp. 78-79]:
Registramos aqui a narrativa da inauguração, conforme registrada nas fontes da época [pp. 78-79]:
Era 8 de setembro, às quatro da tarde, quando D. Ferrão era recebido em Lavras. As ruas estavam devidamente limpas e enfeitadas com girândolas, arcos e bandeirolas pela comissão organizada especialmente para esta tarefa. Grande número de pessoas foram a cavalo ao encontro do bispo, que ficaria hospedado na casa do pároco Castorino. Nas imediações da residência do sr. Arthur da Costa Maia, Sua Eminência foi saudada pelos doutores Lafayette de Padua e Humberto de Andrade. Em frente à casa do vigário, quem se pronunciou foi o senhor José Zuquim. D. Ferrão agradeceu a recepção calorosa e lançou bênção a todos os presentes.
No dia 9 de setembro de 1917, às dez da manhã, haveria a Missa solene e a sagração da nova Matriz segundo o ritual litúrgico. Ela se encontrava devidamente ornamentada pelas Damas da Caridade do Sagrado Coração de Jesus. Conforme decidido anteriormente, as varas do pálio que levaria o bispo em procissão seriam carregadas por membros da Irmandade do Santíssimo Sacramento, confrades de São Vicente de Paulo e associados da Adoração Noturna. Os distintos católicos lavrenses, doutores Derval Junqueira de Aquino e Gustavo Olyntho de Aquino, a pedido do reverendo vigário fizeram doação de preciosa capa de asperges e de um fino tapete para o altar-mor.
De acordo com a ata da inauguração, relata-se que a procissão partiria da velha Matriz, que doravante ficaria sob invocação da Santíssima Virgem do Rosário. A imagem de Sant’Ana foi conduzida em andor devidamente paramentado e carregado por pessoas conceituadas.
Chegando à nova Matriz, o bispo ordenou que ela fosse evacuada e desnudada, iniciando assim a bênção do templo. A porta e as paredes exteriores foram aspergidas, sendo acompanhado pelos padrinhos, as excelentíssimas senhoras Anna Salles e Leonor Botelho Penna e os senhores cel. Augusto Salles e cel. Elias Johanny (representado pelo sr. João da Costa Pinto). O cortejo prosseguiu com a bênção do interior do templo, após o qual entrou a imagem da gloriosa Sant’Ana. Seguiu-se a Missa solene, com assistência pontifical, tendo oficiado nela o reverendo frei Paulo, missionário da Ordem Seráfica, auxiliado pelo reverendo pároco Castorino e pelo clérigo Luís de Gonzaga.
A tarde do mesmo dia teve lugar, com assistência dos fiéis, a Exposição Solene do Santíssimo Sacramento e o Te Deum, em ação de graças por tão grande dádiva feita por Nosso Senhor aos fiéis católicos de Lavras [DIOCESE DE CAMPANHA, 1948: 51-52]. D. Ferrão permaneceu em Lavras por oito dias. Houve Missa cantada nos dois domingos, com enorme participação de fiéis. Em todas as noites aconteceram rezas, acompanhadas de música sacra. O jornal O Município [23 set. 1917] relata que foram ministrados 1.023 sacramentos de Crisma, e 1.380 fiéis receberam a Santa Comunhão. Na noite de 17 de setembro, o povo fez uma significativa manifestação de apreço ao bispo: diz o jornal que a rua 15 de Novembro (atual Rua Sant’Ana) ficou intransitável, tal era a aglomeração da massa popular. Discursaram os srs. prof. Julio de Oliveira, Humberto de Andrade e José Maximo da Silva. Este último entregou ao vigário a seguinte menção:
Revmo. Sr. Padre Castorino de Britto, m.d. Vigario. – Os signatários d’este, tendo em vista os esforços e a dedicação de V. Rema. sobejamente demonstrados pela recente inauguração da Nova Matriz e pelo incansavel zelo de V. Revma. pela causa da Religião, vêm trazer lhe um protesto solemne de sua inteira e completa solidariedade. (Seguem as assinaturas).
D. Ferrão e o padre Castorino agradeceram comovidos a mostra de apreço e gratidão dos lavrenses. Por fim, o bispo partiria por via fluvial para a Fábrica de Tecidos, donde seguirá para Nepomuceno. Muitas pessoas desta cidade foram até Ribeirão Vermelho acompanhar o desembarque de Sua Eminência. As alunas da Escola Normal de Lavras desceram à estação num bonde especial.
No dia 9 de setembro de 1917, às dez da manhã, haveria a Missa solene e a sagração da nova Matriz segundo o ritual litúrgico. Ela se encontrava devidamente ornamentada pelas Damas da Caridade do Sagrado Coração de Jesus. Conforme decidido anteriormente, as varas do pálio que levaria o bispo em procissão seriam carregadas por membros da Irmandade do Santíssimo Sacramento, confrades de São Vicente de Paulo e associados da Adoração Noturna. Os distintos católicos lavrenses, doutores Derval Junqueira de Aquino e Gustavo Olyntho de Aquino, a pedido do reverendo vigário fizeram doação de preciosa capa de asperges e de um fino tapete para o altar-mor.
De acordo com a ata da inauguração, relata-se que a procissão partiria da velha Matriz, que doravante ficaria sob invocação da Santíssima Virgem do Rosário. A imagem de Sant’Ana foi conduzida em andor devidamente paramentado e carregado por pessoas conceituadas.
Chegando à nova Matriz, o bispo ordenou que ela fosse evacuada e desnudada, iniciando assim a bênção do templo. A porta e as paredes exteriores foram aspergidas, sendo acompanhado pelos padrinhos, as excelentíssimas senhoras Anna Salles e Leonor Botelho Penna e os senhores cel. Augusto Salles e cel. Elias Johanny (representado pelo sr. João da Costa Pinto). O cortejo prosseguiu com a bênção do interior do templo, após o qual entrou a imagem da gloriosa Sant’Ana. Seguiu-se a Missa solene, com assistência pontifical, tendo oficiado nela o reverendo frei Paulo, missionário da Ordem Seráfica, auxiliado pelo reverendo pároco Castorino e pelo clérigo Luís de Gonzaga.
A tarde do mesmo dia teve lugar, com assistência dos fiéis, a Exposição Solene do Santíssimo Sacramento e o Te Deum, em ação de graças por tão grande dádiva feita por Nosso Senhor aos fiéis católicos de Lavras [DIOCESE DE CAMPANHA, 1948: 51-52]. D. Ferrão permaneceu em Lavras por oito dias. Houve Missa cantada nos dois domingos, com enorme participação de fiéis. Em todas as noites aconteceram rezas, acompanhadas de música sacra. O jornal O Município [23 set. 1917] relata que foram ministrados 1.023 sacramentos de Crisma, e 1.380 fiéis receberam a Santa Comunhão. Na noite de 17 de setembro, o povo fez uma significativa manifestação de apreço ao bispo: diz o jornal que a rua 15 de Novembro (atual Rua Sant’Ana) ficou intransitável, tal era a aglomeração da massa popular. Discursaram os srs. prof. Julio de Oliveira, Humberto de Andrade e José Maximo da Silva. Este último entregou ao vigário a seguinte menção:
Revmo. Sr. Padre Castorino de Britto, m.d. Vigario. – Os signatários d’este, tendo em vista os esforços e a dedicação de V. Rema. sobejamente demonstrados pela recente inauguração da Nova Matriz e pelo incansavel zelo de V. Revma. pela causa da Religião, vêm trazer lhe um protesto solemne de sua inteira e completa solidariedade. (Seguem as assinaturas).
D. Ferrão e o padre Castorino agradeceram comovidos a mostra de apreço e gratidão dos lavrenses. Por fim, o bispo partiria por via fluvial para a Fábrica de Tecidos, donde seguirá para Nepomuceno. Muitas pessoas desta cidade foram até Ribeirão Vermelho acompanhar o desembarque de Sua Eminência. As alunas da Escola Normal de Lavras desceram à estação num bonde especial.
Boa noite edtou em lavras gostaria de adiquiri um exemplar do livro da matriz o que faço
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