Verônica retorna a Lavras (MG): tela é restaurada e devolvida à Igreja de N. S. do Rosário
publicada em 23 de novembro de 2020, às 08h48
Um anjo vestido em azul segura à sua frente um pano o rosto de Cristo em vermelho, o Santo Sudário. Esta é a representação da pintura em óleo sobre tela, intitulada Verônica, que será devolvida ao seu local de origem. Atribuída a Joaquim José da Natividade, um importante pintor e decorador brasileiro, nascido em São João Del-Rei (MG), a tela, que mede 1,2 metros de altura por 59,2 centímetros de largura, retornará para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, tombada em 1948 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no município mineiro de Lavras.
Em 2009, o Iphan, autarquia vinculada ao Ministério do Turismo e à Secretaria Especial da Cultura, foi notificado pelo Conselho do Patrimônio Histórico de Lavras acerca do desaparecimento da tela Verônica, datada do século XVIII. Até o ano de 1958, a obra esteve na igreja mineira e, posteriormente, foi entregue ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) pelo músico Willian Daghion. Em 2015, por determinação do Ministério Público, a obra foi devolvida pelo Masp.
A partir da devolução da pintura, a obra passou por um processo de restauração, contratado pela Prefeitura Municipal de Lavras com recursos do ICMS Cultural, programa de incentivo à preservação do Patrimônio Cultural. Verônica retornará para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, de onde compunha o acervo quando do tombamento do bem.
A igreja também passará por reformas dos altares e construção de um espaço adequado para abrigar a tela. O projeto de restauro está em curso. O local de origem e retorno de Verônica, apresenta partido tradicional das igrejas mineiras, com nave, capela-mor, corredores laterais e sacristia. A fachada principal é construída com adobes em quadros de pedra. Em seu interior, a decoração de inspiração rococó é composta por concheados, colunas retas e quartelões em ressalto.
Para o Bispo de São João del Rei, Dom José Eudes Campos do Nascimento, o retorno da obra ao seu lugar de origem vem em um momento providencial, uma vez que no mês de novembro é comemorado os 260 anos da criação da Paróquia de Sant’Ana de Lavras.
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