sábado, 28 de fevereiro de 2015

O Entrudo: o Carnaval Lavrense (1896)

Como era o carnaval de Lavras, exatos 116 anos atrás? Vejamos o que diz o jornal "Cidade de Lavras", n. 106, de 23 de fevereiro de 1896:

Os folguedos carnavalescos, este anno, transformaram-se em folguedos aquaticos.

Apenas uma meia dizia de mascaras deram o ar de sua graça no ultimo dia de carnaval.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Crise na Educação (1895)

A Faísca. Perdões de Lavras, Ano II, n. 54, 11 ago. 1895


As Escolas

Ninguem ignora que nossas escolas estão quasi abandonadas, tal é o descaso da maioria dos professores no concernente ao adeantamento e á moralidade dos alumnos. Ellas estão quasi todas entregues a uns sinecuristas que parecem terem em vista mais cabalar a favor dos candidatos da chapa governamental do que ensinar meninos.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Lavras no Almanak Laemmert (1885)

Fonte: ALMANAK ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL DO IMPERIO DO BRASIL PARA 1885 - 42.º ANNO. Rio de Janeiro: Laemmert & C., 1885, pp. 441-443.


[p. 441] LAVRAS, Municipio de

Ao qual pertencem as freguezias da cidade, Bom Jesus dos Perdões, S. João Nepomuceno, Bom Jesus da Canna Verde e Nossa Senhora do Carmo de Luminarias.

O trabalho de mineração foi a causa de fundar-se esta povoação, que teve o apropriado nome de Lavras, e que por decreto de 19 de Junho de 1813 foi elevada a parochia. A resolução de 13 de Outubro de 1831 tornou villa a freguezia, sendo a 14 de Agosto de 1832 installado municipio, de que era séde Lavras, que a Lei n. 1510 de Julho de 1868 elevou á categoria de cidade.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Lavras do Funil, a Cidade do Rio Grande? (Projeto de Lei de 1859)

Há exatos 155 anos ocorreu na Assembléia Provincial em Ouro Preto uma sessão que potencialmente poderia alterar a história de Lavras. Conforme se lê nas páginas do Correio Oficial de Minas, Ano III, n. 246, de 16 de maio de 1859, no dia 5 daquele mês foi levado à discussão um projeto de lei que propunha a elevação da vila de Lavras do Funil à categoria de cidade, com o nome de Cidade do Rio Grande.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Lavras do Funil (Saint-Adolphe, 1845)

LAVRAS DO FUNIL. Pequena Villa da provincia de Minas Geraes, 15 legoas ao nordeste da cidade de Campanha, e 40 ao oestesudoeste da d’Ouro-Preto, em 21 graos 17 minutos de latitude. Teve principio em 1720, época em que se descobriram em suas adjacencias alguns vieiros d’ouro abundantes que forão lavrados pelos Paulistas, aos quaes se aggregárão muitos dos moradores da provincia, os quaes, applicando-se especialmente ao amanho e cultivo das terras, vendião por alto preço aos mineiros os viveres de que necessitavão. Havia-se edificado uma igreja a N. S. da Conceição, que foi tida em conta de parochia desde o anno de 1724, posto que não alcancasse definitivamente este titulo senão no anno de 1813, por uma resolução regia de 19 de Julho, que a annexou ao districto da Villa de São-João-d’ElRei. Foi freguezia a final creada Villa por lei de 13 d’Outubro de 1831, que lhe assignalou por districto o termo de sua freguezia e o de Dores-do-Pantano. A maior parte das ruas que ainda estão por calçar, são tortuosas; só uma é direita e se distingue por sua largura, tendo num topo a igreja matriz e noutro a igreja de Santo Antonio. As casas de sobrado são raras. No alto existe outra igreja, da invocação de N. S. do Rozario, que se avista de longe. Construiu-se nesta vila uma cadeia cujo primeiro andar serve de casa de câmara(...). Esgotadas as minas aplicaram-se os habitantes à agricultura, comércio, e outros ramos de indústria; assim observa-se neles certo ar de opulência que raramente se encontra naqueles que se obstinam na extração de ouro que se tornou raríssimo. Vê-se nessa vila oficinas de sapateiros e alfaiates. As mulheres fiam e fazem teias de algodão, ao passo que os escravos se ocupam em descaroçá-lo com um engenho próprio para este fim. O algodão fiado, como o que se acha em rama, é transportado para o Rio de Janeiro em bestas muares, e em carros puxados por bois que o levam até a vila de São João del-Rei. Vários ribeiros e rios fertilizam o distrito desta nova vila, o qual se acha circunscrito ao norte pelo Rio Grande, e ao sul pelo Verde, tributário do Sapucaí. Cultivam-se nele em abundância algodoeiros, e colhe-se igualmente grande quantidade de milho, arroz, feijões, laranjas, e vários frutos do país, posta de parte a lavra do trigo, depois que os europeus e americanos abasteceram de farinha todas as vilas e cidades marítimas do Brasil. Avalia-se a população d’este districto em 12,000 habitantes.

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Fonte: SAINT-ADOLPHE, J. C. R. Milliet de. Diccionario Geographico, Historico e Descriptivo, do Imperio do Brazil. Paris: J. P. Aillaud, 1845, tomo I, pp. 556-557.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Lavras de Ouro na Freguesia de Sant’Ana das Lavras do Funil (Von Eschwege, 1833)

Fonte: Von ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig. "Freguesia de Sant'Ana das Lavras do Funil". In: Relação de todas as lavras de ouro de cada distrito da Província de Minas Gerais, incluindo o nome dos proprietários, situação e natureza das lavras, número de trabalhadores e produção total em 1814. In: Pluto Brasiliensis: Memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais, v. 2, pp. 58-59. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1944. Série Brasiliana, 257. (Publicado em 1833 em Alemão, Berlin: G Reimer).